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Escolhe a vida: o aborto ou o estupro?

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Meu projeto mais recente para este blog seria manter (apesar da dificuldade de conservar a regularidade de postagens) a série Culpa do Comunismo!, para só depois partir para outras temáticas. Entretanto, um acontecimento recente (mas apenas um de muitos que acontecem diariamente, mas que não vêm à tona) tem me inquietado bastante. Falo do caso da criança de 10 anos de idade, estuprada por seu tio de 33, durante 4 anos de sua vida e que estava grávida de 22 semanas. Não posso deixar de, inicialmente, expressar toda a revolta diante da perversidade cometida por essa pessoa. Fico a pensar no quanto a criança estará marcada por essa crueldade ao longo de toda a sua vida. Mas não posso deixar de mencionar o quanto minha repulsa foi potencializada pela reação de tantas cristãs e cristãos. E é por essa e outras desumanidades partidas de quem diz carregar o testemunho do amor, que hoje tenho aversão ao cristianismo institucionalizado. Admito que, em minha espiritualidade, que hoje defin

CULPA DO COMUNISMO! (E essa Guerra Fria que não acaba?)

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Nesta segunda parte da série "culpa do comunismo", falaremos um pouco sobre o que foi a Guerra Fria e do seu famigerado legado. Fonte da Imagem:  https://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xx/guerra-fria.htm Após a II Guerra Mundial, por entre 1946-7, começou-se a falar em uma nova guerra. A chamada Guerra Fria recebe essa denominação por ser diferente do que até então a humanidade havia concebido como uma guerra: com tropas, armas, mortes, terror! A Guerra Fria não tinha o calor do embate, do sangue derramado, do medo e outros calores que poderíamos pensar como característicos de um processo beligerante. Ela era fria porque a disputa agora era feita de modo distanciado, porque era uma guerra que buscava cindir o mundo em dois blocos: o capitalista e o socialista. Essa disputa era protagonizada pelos Estados Unidos, obviamente do lado capitalista, e pela União das Repúblicas Socialista Soviéticas, também obviamente, do lado socialista. Os dois lados da moe

CULPA DO COMUNISMO! (Afinal, o que é isso mesmo?)

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Nesta primeira parte da série "culpa do comunismo", vamos buscar compreender o que é socialismo e comunismo com base na elaboração teórica de Marx e Engels e o porquê desses modelos/propostas de organização socioeconômica a partir da sua compreensão do modo de produção capitalista. As ideias comunistas, elaboradas a partir do século XIX - período histórico em que se consolidam as principais características do capitalismo, bem como suas consequências - consistem na primeira crítica sistemática às ideias liberais e ao próprio capitalismo enquanto modo de produção. O cerne desta crítica está na luta de classes, condicionada pela distribuição injusta e desigual da propriedade privada dos meios de produção. Na linguagem de Marx e Engels e do marxismo, os meios de produção referem-se às condições materiais,em dado período histórico, para a produção de bens necessários à subsistência humana. Por sua vez, os meios de produção variam de acordo com as condições específicas e histó

Dos Bons Frutos da Docência

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O último conteúdo que trabalhei nas turmas de 2º ano do Instituto Federal de Alagoas, campus Murici, em 2019, foram os Movimentos Sociais. Boa parte das turmas se empolgou com a temática, já que a atual conjuntura política deu certa visibilidade na mídia à atuação de diversas ações coletivas. Inicilamente, fizemos uma introdução teórica, debatendo os principais elementos trazidos pelo livro didático. A avaliação foi feita através da divisão das turmas em diferentes temáticas: Movimentos pela reforma agrágia Movimentos pelo direito à moradia Movimentos pela igualdade de gênero Movimentos pelos direitos da população LGBT Movimentos pelos direitos trabalhistas Movimentos estudantis Movimentos pela questão racial Os grupos ficaram livres para pesquisar sobre os diferentes movimentos e fazer suas apresentações da maneira que achassem mais adequada. Uma aula antes das apresentações, sentei com cada grupo para verificar seus planejamentos e dar direcionamentos. As apresentações t

Quem Quer Ver?

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Às vezes anseio em me escancarar, mostrar por inteiro como sou, despir-me inteiramente das reservas. Expor meu eu! Mas os tempos exigem seletividade. O eu inteiro incomoda. A nudez do corpo e do ser é odiosa. Mostrar-se como se é, é perigo! Torna vulnerável o ousado. Certo mesmo é ser célebre! Retratar-se sob o ânbulo da beleza, revestir-se de estilo e performances, abrir braços sempre que possível! Fazer-se toque final de todas as paisagens e esbanjar... Dançar conforme as canções do ostentar, exibir de tudo um pouco: a comida sempre gourmet! Toda viagem, a dos sonhos. Os amigos, sempre os melhores! E as festas sempre incríveis! Mas com muita fé, porque Deus sempre comanda E ensina que ensinemos. Por isso poses acompanham conselhos, os corpos, superação. E a política não é mais chata! Sempre há pitaco a dar. De preferência lacrador, como a vida deve ser. Sem esquecer que opositor é escória que conspira constantemente! Por isso, devem sumir, dar e

A Direita e a Morte

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O discurso daquelas/es que se posicionam politicamente como de direita, não é novidade, é carregado de contradições, entretanto, uma delas me chama atenção com mais intensidade: o discurso sobre a morte. O primeiro ponto desse discurso é tratar a morte como algo negativo. A morte seria a principal causa para incriminar modelos socialistas e comunistas. E como representação emblemática desse argumento está o conhecido “Livro negro do comunismo”, que aponta números de mortes causadas por regimes comunistas. Daí, a máxima da direita (ou pelo menos da extrema) é que COMUNISMO MATA! O contradiscurso para essa máxima é fazer um balanço das mortes causadas pelo capitalismo ao longo da história, pela fome, pelos tráficos, pelos acidentes automotivos, pela violência urbana, pelas guerras etc. Mas meu objetivo aqui não é esse. Afinal, o foco é como a direita pode mudar sua forma de “encarar” a morte. Ora, quem se depara com esse insistente argumento de que o comunismo é ruim, porque m

SE EU FIZER A MINHA PARTE, ALGO VAI MUDAR?

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Há um discurso muito forte e que escuto desde a minha mais tenra idade, que diz que para o mundo melhorar, cada um precisa fazer a sua parte. A partir daí, aprendi que o papel que eu  não jogo na rua ajuda a não poluir o meio ambiente; que a água que economizo no banho ou em outra atividade, ajuda a não secar nossos reservatórios; que ser honesto ajuda a combater a corrupção; que ser pacífico ajuda a combater a violência; que não comprar determinada marca ou não usar determinado serviço, ajuda a combater trabalho escravo ou alguma ideologia que esteja atribuída ao produto/serviço... Bem, ao londo da vida tenho assumido a filosofia do "faça a sua parte" e tenho duas coisas a dizer a respeito dela: ela funciona e ela não funciona. Fazer a minha parte tem funcionado muito no que diz respeito a percepção do meu lugar no mundo. Sim, determinadas atitudes falam muito do que penso sobre a realidade, de como me posiciono frente a determinadas questões, de como sou fiel ou não