
Outrora folheando um livro de história, vi que a Igreja Católica já proibiu o lucro. De início, achei insensato, mas hoje percebo o resultado do ter-se deixado levar pelo capitalismo. Não vejo outra figura que incorpore melhor essa visão do que o "ilustre" Edir Macedo. Quantas pessoas cultivam um odiozinho em seu interior pela sacanagem que esse cara faz com a fé das pessoas! Mas ele não é único, não nos iludamos! Edir Macedo é odiado assim pelos sensatos porque simplesmente é descarado e trabalha com valores altíssimos. Mas olhemos cuidadosamente para os missionários de diversas religiões em nosso dia-a-dia e percebamos que a graça, atualmente, só acontece, através de muitas pessoas, ante depósitos pontuais em suas contas bancárias.
"Templo é dinheiro", é o que dizem algumas pichações nas ruas do centro da cidade de Maceió. E com tal inscrição concordo plenamente. Vejo templos e igrejas, atualmente, como lojas de fé, graça, ou outros sentimentos religiosos. Não adianta querer ser um bom seguidor de religiões sem disposição a dar ou receber dinheiro, pois é assim que elas se formatam. A maldição das relações de troca invadiram com ímpeto nossas religiões. E, por mais que relute em concordar com Marx, realmente devo admitir que as relações de produção determinam, sim, as relações sociais. E na religião isso é gritante!
Então, sejamos mais críticos, denunciativos, militantes no combate ao lucro sobre as coisas sagradas. Não podemos mudar uma estrutura do dia para a noite, também não precisamos esfriar nossa fé, mas fazer a diferença e abrir os olhos de quem pudermos. Desacralizemos o dinheiro e façamos as pessoas ver a religião como intrumento de libertação humana e não de prisão ao dinheiro!
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