Desfaz-te dessas máscaras,
a mim és bem transparente!
Para além dos teus intuitos enxergo...
muito além do que pensas que julgo.
O que forjas me assegura,
traz certeza ao que penso.
Se for forte, vejo fraco.
Se valente, vil covarde.
Queres grande,
e sobressaltas o pequeno que és.
Não te escondas em ti mesmo,
escancara tuas dores!
Vem, exibi-me os rancore,
salta em lágrimas o que passou...
Não me importa esse jugo,
e as feridas que aí estão.
Se permites que eu adentre,
te amarei conforme sejas,
conforme as agruras impostas pelo tempo,
tal como as escolhas que não escolheste...
mas que são de ti pedaço...
E destes cacos que te inteiram,
almejo me integrar.
Se fragmento ou mosaico?
Prefiro não julgar...
Mas insisto em insistir:
Despe-te diante a mim!

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