CAOS

Eu gosto mesmo é do caos...
Gosto de ver até onde uma bagunça pode chegar!
Fascina-me o aleatório e o que não se pode controlar.
No acaso, encontro sentido para seguir ou para ficar,
Na desorientação arranjo caminho para trilhar.
Talvez seja meu librianismo, que hostiliza a obrigatoriedade da escolha!
Nada quero escolher!

Quero é deleitar-me em dúvida,
Quero jubilar em erro!
Nauseia-me a monotonia da realidade sistemática!
Ela se repete incessantemente, cerceia a liberdade com lógica.
Não gosto da disciplina, dos prazos, das categorias, nem do acerto.
Gosto mesmo de desencontros, de equívocos e de imprecisão...
Eu gosto do mundo tal como é:
Sem sentido, sem razão, sem prumo e rédea.
Eu gosto mesmo é do caos!
Gosto do impossível, do milagre, do inexplicável, do incomensurável.

De tudo o que não se pode conter, confinar, enquadrar e manter.
As metas? Os objetivos?
Deles fujo!
Quero mesmo o improvável e o infinito,
Quero mesmo a ínfima probabilidade.
Quero sorte e, por que não, o azar?

Quero viver na desordem, no tumulto e no distúrbio.
Quero confusão, incoerência, alvoroço.
Quero o todo do jeitinho que ele for
Com suas consequências e de forma inconsequente!
Assim que o quero.
Assim que eu gosto.
Sim...
EU GOSTO MESMO É DO CAOS!

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