VENTURA
Se pudesse vir à tona meu sentir E as palavras pudessem se produzir em minha boca Se aos meus olhos fosse permitido olhar-te como sinto Meu coração se sentiria mais livre Em dilema obscuro me encontro ao olhar-te e não ter certeza Previsão alguma poderia me dizer algo sobre nós Entretanto não me apresso, nem iniciativas tomo Vou dançando conforme a música, vou sem rumo nas trevas que me envolvem Querer-te é óbvio em mim, mas não sei se é recíproco Não me apavoro por isto, mas aproveito o que o ininteligível me oferta Se não te revelo claramente, talvez também estejas hesitante Resta-me apenas deleitar-me na ludicidade de nós dois Talvez um dia magnetizados por nossos olhares nos unamos Ou embriagados em inevitáveis desejos nos tome a coragem É certo que te vejo ardoroso nos fulgores de meu instinto Mas reprimo minha voracidade nas barreiras de meu inebriado interior De teus amores ouço mesmo tuas narrações e te dou posições Quantas vezes também já testemunhaste minhas insensatas aventu