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Mostrando postagens de junho, 2009

VENTURA

Se pudesse vir à tona meu sentir E as palavras pudessem se produzir em minha boca Se aos meus olhos fosse permitido olhar-te como sinto Meu coração se sentiria mais livre Em dilema obscuro me encontro ao olhar-te e não ter certeza Previsão alguma poderia me dizer algo sobre nós Entretanto não me apresso, nem iniciativas tomo Vou dançando conforme a música, vou sem rumo nas trevas que me envolvem Querer-te é óbvio em mim, mas não sei se é recíproco Não me apavoro por isto, mas aproveito o que o ininteligível me oferta Se não te revelo claramente, talvez também estejas hesitante Resta-me apenas deleitar-me na ludicidade de nós dois Talvez um dia magnetizados por nossos olhares nos unamos Ou embriagados em inevitáveis desejos nos tome a coragem É certo que te vejo ardoroso nos fulgores de meu instinto Mas reprimo minha voracidade nas barreiras de meu inebriado interior De teus amores ouço mesmo tuas narrações e te dou posições Quantas vezes também já testemunhaste minhas insensatas aventu

IRREPRIMÍVEL

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Você me olha muito Você, em vão, busca uma compreensão plausível sobre mim Me enquadra em seus tipos-ideais Se não me entende, me reduz à sua incapacidade Horas passa tentando me encaixar em lacunas de formato estranho Estria toda a cama ao rolar à noite na incompreensão que sou eu "Incógnita", dizem uns Mas erram, pois há em mim plenas definições Mutável? Certamente... Mas igualmente portador de rígidas permanências Relativo? Ao extremo... Mas seguro em alguma solidez exclusivamente minha Indefinido? Só se for para você! Ao fim.... sou apenas um dos poucos "inenquadráveis" fugidio aos rótulos Sou a parte heterogênea da massa O azeite que insiste em estar alheio Julgador? Todos somos, mas minhas conclusões são tão minhas, que não atingem teu ser Incômodo? Absolutamente! Se não o fosse, tentarias entender tuas "más-resoluções" e livrar-te-ia da depressão de me conter! Eden de Lima