Não raro me vejo ou vejo pessoas do meu convívio estressadas, tristes, cabisbaixas, por conta de outras pessoas do seu trabalho, da sua casa, do seu grupo de amigos, do seu relacionamento. Fico admirado com a capacidade que temos de elevar ou de arruinar os humores, o dia-a-dia e, a vida uns dos outros. Eu, particularmente, me vejo, muitas vezes, nos dois lados dessa relação. Se, por um lado, não tenho papas na língua para apontar o que me incomoda, para infligir algum desconforto com alguma atitude que me desagrada, de não ser muito simpático em determinadas ocasiões. Por outro, sou, às vezes, como uma esponja para captar as energias negativas e os gestos e palavras destrutivos que lançam contra mim. Sei bem que não é diferente com a maioria das pessoas, situando-se mais num ou noutro lado. Quem está do lado que inflige a dor, se sente poderoso e pouco pondera o peso de seus gestos e palavras, mas quando estamos do outro lado é que percebemos o quão dolorosos são.