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MEDO

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Ó medo, instinto e construção minha, Quanto de mim não seria sem ti! Se o tenho em fartura, me ponho acovardado, Se de ti careço, me ponho insano! Temo coisas novas, que pequeno, não previa. Termor não tenho do muito que tive outrora. Mas há ainda muita colheita de frutos teus. Coisas que não aprendi encarar, Medos que me farão par na sepultura. Há medos que não admito ter E há medos que nem sei que tenho. Há, porém, os que não me conformo em ter. Esses nutrem-se de sono meu, Esses fazem-me bem ver, Onde estou ou posso ir, Se altivo ou cabisbaixo, Apressado ou tranquilo, A duras penas ou suave... Como fui, sou, estarei... Tudo depende de como te olho ou te desvio olhar. Se te encaro, me esquivo ou dramatizo. Se simplesmente te tenho ou se tenho medo de ter-te!