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De quem é a culpa?

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Um homem muito pobre vivia penosamente. Não era preguiçoso. Trabalhava sem parar até a exaustão. Mas em vão. Permanecia pobre. Certo dia, extenuado e desanimado, decidiu chegar a Deus contando-Lhe sentir-se injustiçado, não merecer tal sina e pedir-Lhe para remediar esta situação.  E assim saiu estrada fora. No caminho encontra um lobo.  –”Bom dia, Senhor viajante! Que prazer em encontrá-lo! Para onde está indo?” Perguntou o lobo. –”Falar com Deus. Vou-Lhe falar com toda franqueza. Creio que Ele foi injusto comigo e vou pedir-Lhe para corrigir essa injustiça.” – “Bravo e boa sorte! Encontrando-O, você faria um favor para mim? Diga-Lhe que eu também fui discriminado. O dia todo procuro algo para comer. Em vão! Pergunta-Lhe por que me criou se era para eu morrer de fome? E quanto tempo vai durar ainda este meu tormento?” – “Está bem,” respondeu o homem, “falarei de você” e prosseguiu seu caminho. Depois de certo tempo encontrou uma linda moça. –” Bom dia, Senhor viajante! Para onde vai

Ciclo

Eu respiro fundo Conto até dez Sinto-me novo Sinto-me forte Digo que prosseguirei E, no caminho, não suporto novo golpe vou ao chão Desestabilizo Agonizante, almejo retomar o ciclo Procurando, não sei aonde As forças que necessito!

O Que É De Massas Não É Massa!

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Estamos no tempo das massas! Ao nosso redor estão coisas que nos pertencem ou nos são familiares mas que não são únicas. Têm pares, têm incontáveis pares... A cadeira em que me sento, o computador em que escrevo, a mesa que apoia meu computador, o alimento que como, a roupa que me cobre... haverá algo que escape a essa lógica moderna? Convenço-me cada vez mais que não! Não me coloco aqui como saudosista, desejoso do retorno da produção artesanal. Lamento-me por constatar que seres únicos, desejam ser massa! Pessoas, concebidas de forma única, de personalidade única, de código genético único, simplesmente tornaram démodé o exclusivismo! Desejam os mesmos corpos, a mesma mente, o mesmo estilo de vida, os mesmos consumos... Desejam o mesmo o tempo inteiro! O frustrante de tudo isso é que desejam coisas que estão aí, disponíveis em excesso! Coisas que sobram (sobras nunca me soaram bem ou boas)! Coisas que praticamente todos podem ter! Democratização das posses? Não! Sim

Fora de si!

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Eu tento esvaziar-me do meu eu. Eu tento sair de mim e ver além... Ir da primeira pessoa do singular, chegar na primeira pessoa do plural. Aí percebo que cheguei sozinho... Há de ser, meu eu, um nós? Paradoxo! Onde refugiar-me? Pode alguém arrendar-me um eu? E se o for, não seria eu, ele ou ela? Advém o risco de erradicar-me! Desisto dessa história de nós... Então volto a  mim. De onde nunca deveria ter saído por ti!